quarta-feira, 28 de maio de 2025

Boletim de Ocorrência detalha suspeita de droga em jujuba servida durante festa com vereadores de Paço do Lumiar

 

Tivemos acesso ao boletim de ocorrência registrado pela vereadora Mary Janne Ferreira Gomes, mais conhecida como Mary do Mojó, denunciando um caso grave envolvendo a possível presença de substância psicoativa em jujubas servidas durante um almoço entre vereadores de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís.

O encontro aconteceu no dia 9 de maio, no sítio do vereador Miau, no bairro Jardim Paraná, e foi promovido pelo presidente da Câmara, Fernando Feitosa (Podemos).

Segundo o boletim, durante o evento, foram distribuídos doces aos presentes, incluindo jujubas. Após consumir uma, a vereadora Mary relatou que começou a sentir boca seca, tontura e insegurança. Ela garante que não ingeriu bebida alcoólica, apenas Coca-Cola, o que a motivou a registrar a ocorrência na Delegacia Especial da Mulher, em São Luís.

A situação ficou ainda mais preocupante com os relatos de outras parlamentares. A vereadora Bianca Mendes chegou a vomitar e questionou se a jujuba estava “batizada”, afirmando que havia comido três. Segundo o boletim, ela teria dito: “Vereadora, acho que nós ingerimos droga. Essa jujuba era droga.” Já a vereadora Elen do Bigode também reclamou de tontura após consumir duas jujubas.

Além das citadas, o documento também menciona os vereadores Paulo Henrique, Rafael Neves, Fernando Feitosa, Geovane Abreu, Leandro de Orlete, Mauro Multibancos, Éder Alencar, Carmen Aroso e Kamilla Belfort como participantes do evento. Vários deles também teriam relatado sintomas após o almoço.

O caso está sendo investigado pela Delegacia do Maiobão, com base no artigo 132 do Código Penal, que trata sobre o perigo à vida ou à saúde de outra pessoa.

Retaliação silenciosa e sessões suspensas

Desde o episódio, as vereadoras envolvidas passaram a se ausentar das sessões como forma de protesto. A última reunião oficial da Câmara aconteceu justamente no dia da festa, 9 de maio. Desde então, os encontros dos dias 13, 16 e 20 não aconteceram por falta de quórum. O legislativo luminense, que costuma se reunir às quintas e sextas-feiras, está paralisado há duas semanas.

Segredos e suspeitas

Um detalhe que chamou atenção foi a proibição do uso de celulares durante a festa, o que levantou suspeitas sobre a tentativa de manter o encontro em total sigilo.

Intenção por trás do jujuba?

O caso não envolve apenas uma suspeita de crime. Ele levanta uma pergunta séria: qual seria a real intenção do organizador ou dos organizadores ao supostamente dopar os participantes, especialmente as vereadoras? A resposta a essa pergunta precisa vir com urgência, acompanhada de uma investigação rigorosa dentro da Câmara Municipal de Paço do Lumiar.

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