terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Vergonha: Caos no pronto socorro do Anil

A técnica em enfermagem, Elane Giovanelli passou o maior  sufoco para ser atendida na noite desta segunda-feira (6) no Pronto Socorro do Anil.
Revoltada com a situação, Elane pediu ajuda no Facebook  aos jornalistas Douglas Pinto e Sirlan Sousa e ao editor deste site para divulgar o caos na saúde pública da rede municipal.
‘Caros amigos necessito da ajuda de vocês para levar essa denúncia à imprensa e às autoridades competentes. O caos no Pronto Socorro do Anil não pode continuar. Faltam médicos, pessoal administrativo, materiais e medicações indispensáveis, como agulhas e seringas por exemplo. Me ajudem, disse Giovanelli.
Veja o relato assustador da paciente Elane Giovanelli sobre o Pronto Socorro do Anil.
Cheguei ao Pronto Socorro do Anil ontem por volta das 18h30 com queixa de cólica nefrética, astenia e êmese. Havia cerca de oito pessoas na minha frente.
Na entrada para fazer a ficha para atendimento médico, fui informada que o médico que deveria encerrar o plantão dele às 19h00 já havia encerrado o expediente dele e que o médico da noite chegaria por volta das 20h00.
Todos estavam revoltados, tanto com o descaso do pronto socorro quanto da arrogância da funcionária administrativa “Justina” que negou preencher as fichas dos pacientes para que fossem encaminhados para avaliação médica, alegando que esse não era o trabalho dela e que deveríamos esperar o funcionário responsável por isso chegar para iniciar o turno dele. Detalhe: ela não estava ocupada com NADA.
Desaforava as pessoas e adentrava a sala de medicação para bater papo com as técnicas de enfermagem presentes. Solicitei a presença da Direção do Pronto Socorro (Dra Lana), porém a mesma não se encontrava e a enfermeira chefe recusou-se a prestar esclarecimentos para os pacientes que tiveram que aguardar atendimento do lado de fora do Pronto Socorro.
Em meio a uma onda de terrorismo, com dor, etc., fomos impedidos de aguardar o atendimento médico dentro do pronto socorro, que estava vazio e com assentos disponíveis.
Essa é a segunda vez que necessitei de atendimento médico entre as 18h e 19h e não havia nenhum médico no pronto socorro. A justificativa foi idêntica à de hoje: ‘O médico já encerrou o expediente dele e o médico da noite só chega depois das 20h’. Vocês têm que aguardar.
Isso é negligência perante o código de ética médica. A população está sendo lesada. Nenhum médico, assim como um enfermeiro pode encerrar plantão sem que outro profissional o substitua para prosseguir com o atendimento.
Outras duas pessoas que sofreram para receber atendimento foram Anete Samara Carvalho de Sousa e Thaysmara França Brito. Ambas haviam chegado ao pronto socorro antes das 18h.
A senhora Anete portava um receituário para continuidade de tratamento para anemia com o medicamento “Noripurum” – de aplicação endovenosa, portanto, não pode ser efetuada em casa. Ela nem precisava ser avaliada por médico, pois ela estava com o receituário em mãos, mas a atendente “Justina” e o vigia do pronto socorro recusaram-se a encaminhá-la para a sala de administração de medicamentos.
Por muita sorte, a médica da noite, estrangeira – Dra Itati Valle C. de Ordonez, CRM 1738 adentrou à sala de avaliação médica por volta das 18h50, no entanto essa atendente foi relutante e disse que só começaria o preenchimento das fichas quando a médica desse o aval.
Uma técnica de enfermagem que pediu sigilo por medo de coação, revelou que os técnicos têm se reunido para comprar agulhas, seringas e scalps, porque necessitam trabalhar e muitos pacientes as tratam com grosseria pela falta dos materiais e medicamentos.
Uma paciente diabética chegou para atendimento e a médica perguntou se a mesma poderia ir até a farmácia em frente do pronto socorro medir a taxa de glicemia no sangue, pois lá não há glicosímetro.
A visão sobre o Pronto Socorro do Anil
O Pronto Socorro do Anil está absurdamente insalubre, deveria ser interditado pela vigilância sanitária ou fechado para reforma. As paredes estão sujas e mofadas, nas salas de observação há janelas de vidro quebradas, mofo no teto, não há lençóis nos leitos e sequer um ventilador. É muito quente. As poucas poltronas que existem estão uma verdadeira sucata. Velhas e com o estofado bastante danificado.
Tá caótico aquilo ali. Um ano se passou e Edivaldo Holanda (PTC) nada fez por esse pronto socorro. A aparência de lá é de uma casa velha e abandonada.
Esse é o triste retrato da saúde pública de São Luís. Lamentável.

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